Foto de Eolo Perfido |
Ele estava no meio da praça tentando desenhar
sorriso no rosto das crianças. De repente um vento soprou com mais força, ele
sentiu folhas secas riscando-lhe a face e, sem perceber, o contorno vermelho em
sua boca escureceu.
Algumas crianças se foram, outras se distraíram com
seus brinquedos e assim, mais rápido do que poderia imaginar ele virou uma
sombra por entre pessoas comuns, num domingo fugaz.
Percebeu que não pode tecer a realidade com grãos de
areia. E o peso o afogou em brasa. Vagou pelos coretos e pelas estátuas de
bronze que estranhamente fogem da chuva. Não encontrou seu riso em lugar algum.
Léo
ResponderExcluir"nada me abate, só a tristeza/ mas não a que mostro: é a que fica presa". ela segue sendo senhora de todas as horas.
abraços,
r