Foto de Hengki Koentjoro |
Tu estás parado, os fixos olhos no
horizonte anseiam por um longo despertar repleto de calma e sol – ainda não
sabes que esse é teu desejo – a grama irregular tremula com o marulho do
vento. Estás indo para mais um dia de
cansaço, de grito sôfrego, de espera. Algo virá depois desse dia, é a tua
certeza sem precisar juntar as palavras claramente. Tudo faz parte de uma caixa
branca guardada com muito cuidado depois de muito tempo.
São os prédios da cidade próximos,
a estrada terminando e o fluxo se adensa. São avenidas e ruas de não saber
aonde vão dar, mas ele desce em uma delas, perto do centro da cidade cada vez
maior.
O dia é longo e começa muito cedo.
O dia é longo e começa muito cedo.