Fotografia de Alastair Magnaldo |
É hora de ir a um outro lugar feito de palavras
macias e leves como um balão que fatalmente se dissipe em qualquer parte depois
de fazer beleza nos olhos.
Um outro lugar onde a expressão no rosto tenha mais
que ausências, seja um lance secreto de dados ou não, onde o sentido guardado
permaneça raro e só eu e uns poucos condenados possam segurá-lo entre as duas
mãos sem escorrer pelas fendas.
Nesse outro lugar o amplo campo de fora se confunde
com o meu jardim que ainda é cheio de grades cobertas de era.
Só então, livre de
pesos, poderei respirar, por fim.