domingo, 29 de junho de 2014

FIO DESENCAPADO



 
Escultura de Anders Krisár


Fio desencapado.

Água rastejando pelo chão

Nossos vidros repercutindo a luz em pontas afiadas

Algo se prolonga no fio tênue passando pela mão, cada vez mais rápido pairando o calor e o relâmpago

Eu sofro a tua ânsia eu sofro o teu nojo por esses meandros particulares e portas cerradas.

E a navalha passa e o rio passa também em duas consequências invisíveis e tão presentes

Para emergir 
enterro os braços em agulhas e mergulho em farpas finas

luminescentes




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