sábado, 7 de dezembro de 2013

POR OUTRAS MANEIRAS DE SOMBREAR O TEMPO

Foto de Ben Zank



De quem é essa palavra? Minha?
E quantas vezes eu tenho que dobrar palavra para que seja tua?

Onde a resposta?
Estará nas folhas da bananeira ou na margem que anda?
Ela será menos minha na boca de outro? Ou será serenamente minha migrando para outras canções, atirando-se em outras bocas, mastigando outras salivas?

E se eu for apenas um detalhe que se descortina na ponta de lá
(bem grande)
Mas insignificante para quem está na ponta de cá
(mínimo)?

Um dia próximo vou sair pela porta
Sentir beleza respirar fumaça
e nesse dia serei pleno
como muda palavra.


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