Foto de Ben Zank |
De quem é essa palavra? Minha?
E quantas vezes eu tenho que dobrar
palavra para que seja tua?
Onde a resposta?
Estará nas folhas da bananeira ou
na margem que anda?
Ela será menos minha na boca de
outro? Ou será serenamente minha migrando para outras canções, atirando-se em
outras bocas, mastigando outras salivas?
E se eu for apenas um detalhe que
se descortina na ponta de lá
(bem grande)
Mas insignificante para quem está
na ponta de cá
(mínimo)?
Um dia próximo vou sair pela porta
Sentir beleza respirar fumaça
e nesse dia serei pleno
como muda palavra.
Como sempre, pontualíssimo esse relógio.
ResponderExcluirBom domingo escritor!