Erma alma,
erma vida. Os seus olhos se rasgaram e conduziu o sangue a uma outra forma de
sangue, com nervos e pele. Gota a gota num espaço que já não era seu, a febre
se espalhou em convulsões iminentes. Então ele parou, ainda assim estava atônito
e cansado. Da sacada se via as reverberações da luz, reflexos e o verde intenso
da copa.
A sentir os
contatos de vida, o som dos pássaros no alto, os olhos inconscientes pelo todo
ao mínimo rebrilhar das cores e dos aspectos que têm (a sentir, inteiro). Ele
estava sobre a sacada vulnerável à leve ânsia selvagem do mundo. Ele, ser pleno
de si mesmo, puro egoísmo puro de si, preso ao arfar contrito do peito. Queria
o último raio, seria seu.
A vertigem era
o movimento solto que a camisa adquiria no alto. Ele pouco sabe que avança um
passo além do que conhece. Ele agora pertencia ao plasma, à indecisão da forma.
A camisa displicentemente veste as voltas que em seu corpo dá, ele nada percebe
que o desvio que tomou é vida finda.
Aspirações de
distância o provocam, as palavras se dissolvem no ar. As camadas se dissolvem. E
tudo em seus olhos sofria o perigo da queda. A luz da fúnebre intensidade
escorria, ele aos poucos abandonava a matéria insone, agente do próprio
esvaziamento.
Por instinto adivinhava os mistérios encobertos. O
enigma é o que não se vê. Ele mergulharia no enigma. Um sorriso assomava de
seus lábios, brincava no interior do nada refletido. Sorria dos pedaços sobre o
chão, cairia de uma altura incompreensível. Queda na profundidade íntima das
sensações.
Incrível o seu uso de palavras, consigo sentir a cena descrita. Adorei demais. ^^
ResponderExcluirIncrível!!!
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