Foto de Limay Uribe Ruberti |
Apareceste lendo Leminski numa tarde de sexta-feira.
Meu Deus, quem lê Leminki num fim de tarde? Meu olhar subia e aos poucos deslizava
por teu corpo parando ao seu bel-prazer aonde quisesse.
Te vi fechar o livro, a parada que desceste, perto de
uma capela azul. Não guardei teu nome, não guardei tua língua, mas a tua
presença em mim depois daquele doce cataclismo me intumesceu. Ficou inscrita na
minha pele por dias e noites, que as boas intenções de nenhum matrimônio
puderam apaziguar.
Se vou te ver ao menos uma segunda vez?
Não sei se a tua presença será mais viva que as tuas
mãos nas páginas de Leminski.
Quanto mais curto o tempo, mais arrebatadora é a paixão. :)
ResponderExcluirLindo texto, querido. Parabéns. ^^